16/02/2022 às 17h39min - Atualizada em 16/02/2022 às 17h39min
Universal é condenada a devolver a fiel R$ 58 mil doados em dízimo


A Igreja Universal foi condenada pela Justiça de São Paulo a devolver cerca de R$ 58 mil pagos em dízimos e a indenizar em R$ 10 mil uma fiel que denunciou ter sofrido “coação moral” e ameaças para que fizesse as doações aos pastores da agremiação religiosa.

 

De acordo com o Metrópoles, a fiel alega ter frequentado a Igreja Universal por mais de 10 anos. A busca por amparo religioso começou porque ela queria auxílio para “ver seu filho livre da dependência química”.

 

No entanto, a mulher diz que não viu qualquer mudança no comportamento do filho. Ao buscar orientação com os pastores, ela conta que ouvia deles que caso parasse de pagar o dízimo, ou saísse da igreja, “o mal teria acesso livre para atuar em sua vida”, de acordo com petição assinada pelos advogados Alessandro de Azevedo e Roberta de Carvalho, que representam a fiel.

“Movida por um estado de medo e pânico absoluto, intensificou as contribuições, passando a doar bens móveis e a adquirir empréstimos com bancos a fim de doar à instituição”, alegaram os advogados à Justiça.

 

Ela também relatou que era prática comum, na igreja, a exibição de vídeos nos quais eram narrados supostos casos de ex-fiéis que tiveram “mortes trágicas” depois de terem abandonado a Igreja Universal.

Além de exigir a devolução dos R$ 58 mil que foram comprovados por documentos, os advogados da mulher exigiram o pagamento de uma indenização no valor de R$ 20 mil por danos morais. A defesa da fiel alega que houve “vício de consentimento” nas doações, porque ocorreu “coação moral” pelos pastores da igreja.

 

Procurada, a assessoria de imprensa da Igreja Universal informou que vai recorrer da condenação.

 

“A lei – o Código Civil brasileiro – assegura a todas as religiões o direito de pedir doações, e aos seus fiéis o direito de doar. A Igreja Universal do Reino de Deus segue rigorosamente a legislação em seus procedimentos. A Universal recorrerá da decisão”, informou a instituição em nota ao Metrópoles.

 

 

Bahia Notícias

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