Médico é condenado a prisão após deformar rosto de diversos pacientes
O médico Wesley Noryuki Murakami da Silva foi condenado a nove anos, dez meses e dez dias de prisão por lesão corporal gravíssima. Ele é acusado de deformar os rostos de nove pacientes durante procedimentos estéticos, em Goiânia. Segundo a decisão, ele poderá recorrer em liberdade.
De acordo com a Folha, no total, segundo o processo, Murakami foi acusado por oito mulheres e um homem. A maioria das vítimas, de acordo com a investigação, procurou Murakami para fazer procedimentos de harmonização facial. Os casos ocorreram nos anos de 2013, 2017 e 2018.
Na decisão, o juiz destaca que, após a realização dos procedimentos estéticos, "as vítimas iniciaram uma fase de recuperação extremamente dolorosa e prolongada, devido às sequelas permanentes, e outras se submeteram a procedimentos reparadores". Ainda segundo a decisão, laudos periciais mostram que o médico não prestou a devida assistência aos pacientes depois das complicações.
Uma das pacientes, de acordo com a decisão, procurou Murakami para realizar uma harmonização facial e disse se submeteu a procedimento estético realizado por ele, que teria injetado em sua face o produto PMMA. Ela contou que ficou com diversos nódulos no rosto, os quais lhe causam muitas dores. Depois de ver o inchaço em seu rosto, a paciente afirmou que tentou assistência junto ao médico, que teria feito apenas uma "massagem muito agressiva".
Ainda segundo a denúncia, outra vítima disse que teve complicações após o médico injetar um produto nas nádegas. Em seguida, ela teria sido informada da necessidade de retirar juntamente com o produto parte do músculo. Disse que ficou com queimaduras de segundo grau e cicatrizes, necessitando fazer tatuagens para amenizar esteticamente. Afirmou que ficou com uma nádega maior que a outra, além de diversos nódulos.
O médico também teve o registro profissional suspenso e já foi condenado a pagar indenização de R$ 60 mil para uma das clientes que ficou com sequelas após um procedimento estético.
Bn@ws