09/08/2025 às 07h34min - Atualizada em 09/08/2025 às 07h34min
MP denúncia ex-servidores do Inema e fazendeiros por corrupção e crimes ambientais na Bahia; esquema movimentou R$ 16,5 mi


Oito pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) suspeitas de operar um esquema de corrupção e crimes ambientais no Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), na região oeste da Bahia. Entre os suspeitos estão ex-funcionários do órgão, um servidor público e um fazendeiro, que teriam recebido no mínimo R$ 16,5 milhões, entre os anos de 2018 e 2024.

Conforme o MP-BA, as informações são resultados da "Operação Ceres", oferecida pelo 7º Promotor de Justiça de Patrimônio Público da Capital e pelo Grupo de Atuação de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco).

 

De acordo com a denúncia, recebida pela Justiça no último dia 27 de julho, os suspeitos fraudavam processos de licenciamento ambiental para empreendimentos rurais de grandes fazendeiros da região oeste.

O grupo concedia as autorizações ambientais de forma privilegiada e ilegal, em troca de dinheiro. Estão na lista de investigados pelo órgão público:

 

  • Maristela Tereza de Castro, ex-secretária parlamentar na Assembleia Legislativa da Bahia;
  • Jacques Douglas Santos Silva da Palma, então coordenador de posto avançado do Inema na cidade de Guanambi;
  • Angélica Xavier da Silva CardosoVictor Vinícius Santana Arouca e Patrícia Viviane Barros de Azevedo, que atuaram como secretários da Direção-Geral do Inema;
  • Sabrina Mendes Leal Santos Teixeira de Freitas, ex-secretária da Coordenação de Agrossilvipastoris;
  • Alexander Von Amomon, consultor ambiental;
  • E o fazendeiro Gervalter Barreiros Pizato, proprietário das fazendas Pedra Preta, Perobal e Barreirinho.

 

Um processo penal foi iniciado contra os investigados, denunciados pelos crimes de corrupção e associação criminosa. Vale ressaltar que Jacques Douglas também responderá por crime ambiental. O g1 tenta localizar a defesa dos denunciados.

Em nota, o Inema informou que as denúncias são referentes a períodos anteriores à atual gestão da diretora-geral Maria Amélia Lins. (Veja nota completa ao fim da reportagem)

 

Em julho de 2024, sete pessoas suspeitas de participar do grupo criminoso foram alvos de mandados de busca e apreensão em diferentes cidades baianas. Entre os locais revistados pelos policiais, estava uma mansão na cidade de Riacho de Santana, além de casas em SalvadorCamaçariLauro de Freitas e Guanambi.

Uma das buscas foi cumprida em um imóvel de alto padrão na cidade de Riacho de Santana.

 

 

Confira nota do Inema na íntegra

 

"O Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) esclarece que os fatos mencionados na denúncia oferecida pelo Ministério Público da Bahia, no âmbito da Operação Ceres, são referentes a períodos anteriores à atual gestão da diretora-geral Maria Amélia Lins.

O Inema reforça seu compromisso com a ética, a transparência e a probidade administrativa. Recentemente, aderiu ao Programa Bahia de Integridade Pública (PBIP) e vem adotando medidas concretas de prevenção, detecção e combate à corrupção, com foco na promoção de uma cultura institucional baseada na responsabilidade e na legalidade.

O órgão permanece à disposição das autoridades competentes para colaborar com o que for necessário no curso das investigações".

 

Por g1 BA

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