07/06/2021 às 21h22min - Atualizada em 07/06/2021 às 21h22min
Risco de infecção pelo coronavírus cai pela metade 13 dias após 1ª dose da Pfizer, mostra estudo


Entre o 13º e 24º dia após a aplicação da primeira dose, a vacina da Pfizer/BioNTech contra a covid-19 reduz em 51,4% o risco de infecção pelo novo coronavírus, revela estudo conduzido em Israel e publicado nesta segunda-feira, 7, na revista científica Jama (Journal of the American Medical Association). Já a efetividade para casos sintomáticos de covid-19 é de 54,4%.

A pesquisa foi realizada entre os dias 19 de dezembro de 2020 e 15 de janeiro deste ano e fez uma análise comparativa de dados de 503.875 pessoas. Para chegar aos resultados, pesquisadores da Escola de Saúde Pública da Universidade de Tel Aviv e do Centro de Pesquisa e Inovação do Instituto Maccabi analisaram dois intervalos de tempo após a aplicação da primeira dose do imunizante: do 1º ao 12º dia e do 13º ao 24º dia.

 

 

Entre os 3.098 casos confirmados de covid-19 na amostra analisada, 2.484 ocorreram nos 12 primeiros dias, enquanto 614 dos testes RT-PCR positivo se deram no período que vai do 13º e 24º dia. Respectivamente, a taxa de incidência do coronavírus para cada um dos dois períodos foi de 12,07 e de 6,16 — ou seja, para cada cem mil pessoas, houve 43,41 infecções no primeiro intervalo de tempo e 21,08 no segundo.

Desse modo, a efetividade calculada pelos pesquisadores para a vacina americana 13 dias após a aplicação da primeira dose é de 51,4%. O estudo realizado em Israel não analisou o desempenho da vacina americana após a segunda dose.

Para Raquel Stucchi, infectologista da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), quando há um número de pessoas vacinadas com a primeira dose, já há um encaminhamento considerável para um “controle eficiente da pandemia”. Principalmente, segundo ela, em se tratando da primeira dose do imunizante da Pfizer/BioNTech, que oferece proteção similar à conferida por duas doses de vacinas como a Coronavac, do Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.

Ainda assim, a infectologista reforça que é necessário continuar conscientizando a população sobre a necessidade de tomar a segunda dose para diminuir ainda mais o risco de infecção pelo novo coronavírus. “Mesmo com esse resultado bom da primeira dose, é necessário que se tenha uma segunda dose, para garantir uma proteção depois em torno de 90% de eficácia [no caso do imunizante da Pfizer/BioNTech]”, diz Stucchi.

 

 

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