Quatro produtos do Sudoeste baiano são destaques no Concurso Mundial de Queijos
Evento realizado em São Paulo premiou três empresários da região
Os produtos de três empresários do Sudoeste baiano receberam medalhas no Concurso Mundial de Queijos, realizado no último fim de semana, em São Paulo. Um júri formado por 180 avaliadores analisou 1.133 produtos inscritos de 11 países e foram distribuídas 484 medalhas. Das 18 medalhas destinadas aos queijos baianos, quatro delas foram entregues a produtores da região.
A queijaria Tradição, do município de Caetité, conquistou a medalha de ouro com o queijo Manga Rosa e o bronze, com o queijo Azulzinho do Sertão. Para o produtor Jair Novais, foi motivo de orgulho representar a região.
“Tive um prazer enorme de estar participando com grandes produtores nacionais e internacionais e, com muito orgulho, levei o nome da minha cidade, Caetité. Pra mim, foi muito gratificante participar desse concurso porque, além do reconhecimento, o aprendizado é muito grande”, destacou.
Município vizinho a Caetité, Guanambi também foi destaque no concurso. O queijo tipo brie Beija Flor, da empresa Queijo Coalho, conquistou medalha de Prata. A empresária Ana Paula Brito destacou comemorou o reconhecimento.
“É uma alegria muito grande que estou sentindo, porque é um queijo brie, onde a França é o berço desse tipo, e nós de Guanambi concorrendo, inclusive com queijos franceses, e conseguimos levar essa medalha. Dedico essa conquista ao nosso povo, à nossa terra”, relatou.
Já o município de Candiba foi bem representado com o Requeijão Baiano, da empresa Excelência Lácteos. O produto garantiu medalha de bronze no concurso. Para Carmito Júnior, foi uma experiência única e que incentiva os produtores a acreditarem em seus produtos.
“Muitas vezes, não damos valor aos produtos que temos em nossas raízes. E eu sempre faço questão de destacar que eu ganho a vida com um produto que aprendi a fazer com meus pais. Foi resgatando essas memórias e acreditando nesse produto, que eu trouxe um prêmio para nossa região. Para mim, o maior prêmio é ter esse reconhecimento em um produto que veio das minhas origens”, afirmou o produtor.
O Sebrae em Vitória da Conquista promoveu uma caravana para que os produtores fossem até o concurso. Para Mônica Rizério, analista do Sebrae em Brumado e gestora do projeto AgroNordeste, essas conquistas são muito expressivas para a região.
“Ter um produto artesanal brasileiro reconhecido internacionalmente é uma conquista muito grande para os produtores e significa o reconhecimento do trabalho, dedicação e paixão que leva a um mercado mais remunerado”, concluiu.
Por Nayla Gusmão - Agência Sebrae