19/05/2021 às 21h25min - Atualizada em 19/05/2021 às 21h26min
Guanambi: garoto que pintava quadro para pagar tratamento médico morre por complicações da Covid-19; artistas lamentam


Morreu em decorrência da Covid-19, Daniel Neves, de 13 anos, natural de Guanambi, no sudoeste da Bahia. Diagnosticado com rins policísticos e fibrose hepática quando tinha oito meses de vida, ele pintava quadros para custear o tratamento médico referente aos problemas nos rins. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (19), por meio de uma rede social de Daniel.

Conforme escrito na publicação, Daniel morreu na tarde de terça-feira (18), após passar 13 dias internado, por causa da doença. Ainda segundo a publicação, ele estava com a saúde frágil. Não há informações sobre qual unidade ele estava internado e sobre o enterro.

Na rede social de Daniel, uma mensagem foi postada, lamentando a morte do adolescente. Famosos, como a atriz Yanna Lavigne e o lutador Júnior Cigano, comentaram na publicação do perfil de Daniel.

"Se tornou uma estrela! De tão iluminado que sempre foi", escreveu a atriz.

 

 

A cantora e atriz Mariana Rios também fez uma publicação nas redes sociais, lamentando a morte de Daniel.

Na postagem, a atriz disse que Daniel "foi um anjo enviado por Deus para nos ensinar sobre afeto, alegria, luta e amor". Disse ainda que "seus quadros, suas pinturas demostram sua alma de artista e pureza de criança" e terminou com uma mensagem para a família do garoto: "Que Deus conforte o coração de todos aqueles que ficam com a saudade da sua presença física. Pois seu espírito de luz sempre estará perto de nós. Meu abraço apertado a Cleidimar mãe do Daniel e a toda família".

 

 

História

Por ter rins policísticos e fibrose hepática, Daniel deixou Guanambi e mudou-se para a capital baiana. Em novembro de 2017, o G1 mostrou a história de Daniel. Em dezembro do mesmo ano, ele realizou uma exposição, em Salvador, com quadros que pintava, com objetivo de arrecadar fundos para cobrir os gastos de uma cirurgia de transplante de rins.

Segundo a mãe do garoto, Cleide Vieira Neves, em 2017, ele realizou acompanhamento médico no Roberto Santos e no Hospital das Clínicas, ambos na capital baiana. Em 2015, os rins dele pararam de funcionar e ele teve que fazer hemodiálise.

 

 

 

Daniel começou a pintar os quadros quando estava internado, depois que uma prima comprou telas de pintura. Além dos quadros, uma campanha de arrecadação online foi feita, para ajudar o garoto. Um livro contando a história dele estava em pré-venda, e o dinheiro seria usado também no tratamento.

 

Por G1 BA

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