Guanambi está entre os municípios com maior índice de mortes por chagas na Bahia
Guanambi é o quinto município com mais casos de Chagas na Bahia, são em média nove óbitos por ano para cada cem mil habitantes. Os dados foram divulgados pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e são dados categorizado de 2008 a 2017.
O local de falecimento não é necessariamente o mesmo onde foi contraída a doença. Pacientes buscam o tratamento em locais onde há melhor estrutura de saúde e acabam vindo a óbito nesses municípios.
O município como maior números de casos é Santo Antônio de Jesus, com uma média 20 casos de mortes por chagas por ano, para cada 100 mil habitantes.
Em seguida são os municípios de – Cruz das Almas (20 óbitos), Jacobina (12 óbitos), Itaberaba (11 óbitos), Guanambi (9 óbitos) e Barreias (8 óbitos).
A chaga é uma enfermidade bastante expressiva no Estado da Bahia, com média anual de
624 óbitos pela doença nos últimos dez anos (2008 a 2017).
A taxa de mortalidade pela doença é historicamente representativa no estado, apresentando na Bahia a quarta maior taxa entre as unidades federadas, ficando atrás somente de Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais
A Doença de Chagas (DC) é uma antropozoonose, com alta prevalência, causada pelo protozoário Trypanosoma Cruzi (T. cruzi). Apresenta curso clínico bifásico, composto por uma fase aguda (clinicamente aparente ou não) e uma fase crônica, que pode se manifestar nas formas indeterminada, cardíaca, digestiva ou cardiodigestiva.
As formas de transmissão do agente etiológico da Doença de Chagas podem ocorrer por – Contato com fezes e/ou urina de barbeiro após a picada; consumo de alimentos contaminados com triatomíneo ou fezes; por via transplacentária ou no parto; transfusão de sangue / transplante de órgãos; acidente laboratorial, por contato da pele ferida ou mucosas com material contaminado; transmissão sexual pode ocorrer pelo potencial das mucosas para a transmissão, já sendo demostrada a transmissão em modelos animais e possibilidade de transmissão em humanos.
Joana Martins - Agência Sertão