24/02/2020 às 19h50min - Atualizada em 24/02/2020 às 19h50min
Empregado é torturado por empresário após suspeita de furto de R$ 8 mil


Suspeito de torturar funcionário, um empresário foi preso em flagrante em Aparecida de Goiânia, em Goiás. Segundo a Polícia Civil, o homem acusou a vítima, de 32 anos, de furtar R$ 8 mil dele. O empregado nega a acusação e afirma que foi agredido por quatro horas, quase foi eletrocutado, ameaçado de morte e só confessou ter cometido o crime porque não aguentava mais apanhar.

O crime teria acontecido no último sábado (23), na casa do empresário. Segundo o boletim de ocorrência, às 15h05, o empresário esteve na delegacia para registrar uma ocorrência de furto contra o empregado. Alegou que o homem confessou ter pego o dinheiro e gastado por completo.

Diante das lesões sofridas, a polícia entendeu que tratava-se de crime de tortura e foi até a casa dele. Conforme a ocorrência, ele confessou as agressões “com o intuito de fazer a vítima confessar o furto”. Ele foi preso em seguida, conforme apuração do portal G1.

Agressões

O empregado, que preferiu não dizer o nome, disse que na última sexta-feira (21), o empresário chamou ele e outro funcionário para conversar após o expediente.

 

“Ele disse que tinha sumido R$ 8 mil que estava dentro de uma caixa, na estante da casa dele, e que tinha sido um de nós dois porque tínhamos trabalhado na casa dele na semana passada”, disse ao G1.

Ambos empregados negaram. Com isso, no dia seguinte, o patrão foi até a casa da vítima e começou a torturar o funcionário.

“Assim que passamos para dentro, ele começou a me dar tapa na cara. Dizia: ‘Eu sei que você pegou o dinheiro, você é safado’. Eu neguei. Então começou a dar chute, soco, paulada, golpe com barra de ferro”, contou.

Além das múltiplas agressões, a vítima relata que o chefe chegou a amarrar uma corda no pescoço para enforcá-lo. O empregado também cita que foi ameaçado de receber descargas elétricas e de morte.

Ao dizer que teria roubado o dinheiro para não apanhar mais, o agressor foi embora. O empregado buscou ajuda com o irmão e foi até o Instituto Médico Legal (IML) para exame de corpo de delito e consequentemente registrar o caso na delegacia.

ISTOÉ

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