20/02/2025 às 06h19min - Atualizada em 20/02/2025 às 06h19min
Detento ordena mortes de amigas de dentro de presídio e acompanha execução por videochamada


A Polícia Civil do Mato Grosso cumpriu, nesta terça-feira (18), um mandado de busca e apreensão na cela de um interno da Penitenciária Central do Estado (PCE) suspeito de ordenar as mortes das amigas Anna Clara Ramos Felipe e Ayla Pereira dos Santos, ambas de 18 anos. Os agentes descobriram que, além de encomendar os assassinatos das jovens, o homem assistiu o crime de dentro da cadeia. As cenas de tortura e a execução foram acompanhadas por ele por videochamada. Celulares e chips foram encontrados na cela.

Segundo matéria do G1, o delegado Igor Sasaki, responsável pelo caso, informou que, além do mandante, outras pessoas também assistiram a transmissão da morte das amigas. Ele falou que ainda não é possível afirmar quantas pessoas estavam na cela ou se estão diretamente ligadas ao crime. "Na videochamada, tinha mais de uma pessoa, mas a gente ainda está realizando diligências para responsabilizar os outros que estavam nessa ligação", explicou.

As amigas desapareceram no dia 28 de janeiro e foram encontradas mortas e amordaçadas, no dia 29, em uma área de mata, no bairro Vila Nazaré, em Tangará da Serra. Os corpos das amigas tinham sinais de tortura e queimaduras nas costas. O corpo de Anna Clara estava escondido em uma moita e o de Ayla, que era uma mulher trans, foi encontrado enterrado em uma cova rasa.

 

À época do duplo homicídio, a Polícia Civil revelou que foi uma mulher, de 19 anos, quem indicou o local onde a jovens foram torturas e mortas, durante um “tribunal do crime”. Ela teria dito aos investigadores que viu duas pessoas amarradas em uma casa e que, depois de serem mortas, foram levadas para uma região de pasto. No imóvel onde aconteceu o crime, os policiais encontraram uma barra de ferro que teria sido usada para espancar as jovens, uma pá, uma picareta e uma escavadeira. Uma grande porção de maconha também foi apreendida no local.

Além do detento, outras quatro pessoas teriam participação na execução. Duas mulheres e um homem estão presos por ocultação de cadáver. O quinto suspeito já foi identificado e teve a prisão decretada pela Justiça, mas segue foragido.  A polícia ainda não sabe qual foi a motivação para o crime, no entanto, apura se tem ligação com briga de facções rivais, já que as amigas fariam parte de uma organização criminosa.  

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