31/07/2021 às 09h07min - Atualizada em 31/07/2021 às 09h07min
Cientistas testam vacina que protege contra todas as variantes de coronavírus


A comunidade científica está empenhada em testar uma nova tecnologia que visa desenvolver a chamada ‘superdose’, uma vacina de dose única, que protege contra todas as variantes do SARS-CoV-2. Pesquisadores dizem que é possível, e que pode estar pronta “dentro de 12 ou 14 meses”, segundo o jornal Expresso de Portugal.

“Todos os estudos iniciais em animais mostram que é uma estratégia muito viável”, afirma João Gonçalves, pesquisador da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, citado pelo jornal.

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Segundo o farmacologista, pesquisadores “estão desenvolvendo estratégias de inteligência artificial que vão prever como é que o vírus vai evoluir ao longo do tempo”, acrescenta.

Ainda assim, o responsável ressalta que é preciso tempo. “Essa metodologia ainda não está afinada o suficiente. Penso que vamos precisar de mais um ano, pelo menos”, afirmou ao jornal.

Também o seu colega, Nuno Vale, se mostra entusiasmado com esta ideia. “Daqui a uns anos podemos falar de uma vacina que limpa tudo o que seja viral, mas precisamos de mais um ano para termos os resultados dos ensaios clínicos”, afirma.

O também professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, adianta ainda que já existem ensaios clínicos de fase 2 iniciados com vacinas ‘superdose’ e os da terceira fase “devem iniciar no próximo ano”.

“Dentro de 12 ou 14 meses será feito o pedido de aprovação” para as ‘superdoses’, aponta o responsável. “Em umano (os laboratórios) devem ter tudo pronto”, até porque “é um nicho de mercado muito interessante” para as empresas farmacêuticas, afirma.

Nuno Vale explica ainda que “estas vacinas multivalentes podem trazer a possibilidade de produzir mais anticorpos: ao estimularem de uma forma mais completa e abrangente aumentam a capacidade de resistir a vários tipos de infeções”, esclarece.

Segundo o especialista, “vamos ter quase robocops no nosso corpo, digamos assim. Se pensarmos nas células T como soldados, com esta ‘superdose’ passamos a ter uma tropa de elite que nos pode defender de vários ataques virais”, conclui.

 

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