Cerca de 4 milhões de baianos estão com as doses da vacina atrasadas
Apesar dos apelos das autoridades parte da população baiana segue fazendo ouvido de mercador e ainda não foi se vacinar. No estado, são 1,6 milhão de pessoas que tomaram a primeira dose e que não voltaram para receber a segunda. Outros 2,4 milhões de cidadãos já poderiam ter tomado a dose de reforço, mas ainda não procuraram os postos.
Nesta terça-feira (11), durante a entrega de um conjunto habitacional na comunidade de Alagados, em Salvador, o governador Rui Costa (PT) pediu que a população reflita e que os artistas ajudem estimulando os fãs a se imunizarem.
“Imagine se todos os artistas, pequeno, médio e grande começasse a postar o estímulo à vacina, a campanha a favor da vacinação, não tenho dúvidas de que isso vai estimular as pessoas a se vacinarem. A solução é a vacina e nós precisamos do apoio de todo mundo”, disse.
O governador também comentou sobre as queixas do setor cultural que ficou insatisfeito com o decreto mais rigoroso que restringiu a capacidade de público em eventos privados de 5 mil para 3 mil pessoas.
"Desde outubro, novembro, estou fazendo apelo, pedindo que eles ajudem a controlar a doença, ajudem para que só entrassem nos eventos os vacinados. Infelizmente, eles não ajudaram. A maioria, não posso dizer todos, mas a maioria não fez o que deveria ter feito, que é exigir que só entrassem nos eventos as pessoas vacinadas", afirmou.Rui contou que é impossível para o organizador controlar quem está de máscara, mas que a triagem no acesso, para só permitir a entrada de vacinados, é possível. "Infelizmente estamos colhendo aquilo que foi plantado. A redução permanece até a situação de contaminação melhorar. E espero que não piore, porque se piorar vamos reduzir ainda mais. Ceará reduziu para 500 pessoas e Pernambuco também para 3 mil", disse.
Em Salvador, são 200 mil pessoas com a segunda dose atrasada e 400 mil que não foram tomar a dose de reforço. Por conta do surto de gripe, além da pandemia, as unidades de saúde estão lotadas e as equipes médicas estão tendo que improvisar, colocando macas nos corredores e colchões no chão, para conseguir atender todos os pacientes.
A taxa de ocupação dos leitos de UTI está em 60% no estado e 57% na capital. Já as vagas clínicas estão 46% ocupadas na Bahia e 61% em Salvador. A situação mais crítica é a das crianças. Os leitos pediátricos de UTI e clínicos estão 90% e 80% ocupados em Salvador, respectivamente. Na Bahia, a ocupação da UTI pediátrica está em 72% e enfermaria em 65%.
Por: Lohan Santana - Estado da Bahia