Barragem da maior mina da Vale em MG é paralisada e entra em alerta
A Barragem Laranjeiras, em São Gonçalo do Rio Abaixo, na Região Central de Minas Gerais, teve as operações paralisadas nesta segunda-feira (2) e entrou em nível 1 de emergência. A estrutura faz parte do complexo da Mina de Brucutu, que pertence à Vale. Ela é a maior da mineradora em Minas Gerais.
De acordo com a mineradora, avaliações geotécnicas estão sendo feitas na barragem e, por isso, a paralisação foi determinada. O protocolo de emergência foi elevado para o nível 1, que não requer a retirada de moradores das áreas de risco e nem o toque de sirenes. O nível 1 significa estado de prontidão, indicando situação adversa na estrutura e controlável pela empresa.
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A Vale não informou quais seriam os problemas que causaram a interrupção do lançamento de rejeitos na Barragem Laranjeiras.
A mina representa 9% da produção nacional da mineradora. Segundo a Vale, a operação a úmido é aquela que utiliza água no processamento do minério de ferro e, consequentemente, gera rejeito que é disposto em barragem.
A Barragem Laranjeiras havia sido paralisada pela Justiça em fevereiro junto com outras sete após ação civil pública movida pelo Ministério Público, que corre em segredo de Justiça. A mineradora havia conseguido voltar a operar, mas houve nova suspensão no dia 6 de maio -
Em junho, a prefeitura de São Gonçalo do Rio Abaixo alegou ao Superior Tribunal de Justiça que a paralisação de qualquer estrutura que impossibilite a operação da mina afeta diretamente a economia da cidade e a Vale conseguiu o direito de retomar as atividades.
A Prefeitura de São Gonçalo do Rio Abaixo informou que a estimativa é que a suspensão dure até dois meses. "Neste período, Brucutu vai operar com cerca de 40% de sua capacidade por meio de processamento a úmido com rejeito filtrado e empilhado. O impacto da paralisação gira em torno de 1,5 milhão de toneladas de minério de ferro por mês", disse a nota.
A prefeitura pediu à diretoria da Vale um diagnóstico com mais informações sobre a barragem.
Por Thais Pimentel, G1 Minas