Nasa testa com êxito "disco voador" projetado para pousar humanos em Marte
A Nasa concluiu a demonstração tecnológica de sua missão Low-Earth Orbit Flight Test of an Inflatable Decelerator (LOFTID). O “desacelerador aerodinâmico inflável” ou tecnologia aeroshell, com formato semelhante ao de um disco voador inflável, poderá ajudar a pousar humanos em Marte. O objeto foi lançado ao espaço ontem e em seguida trazido em segurança, pousando em águas perto do Havaí.
Segundo a Nasa informou ontem, o novo aparato conta com pára-quedas e foguetes aeroshells rígidos para desacelerar pessoas, veículos e hardware durante sua descida de entrada e pouso em um planeta ou outro objeto cósmico com atmosfera.
A agência espacial passou mais de uma década desenvolvendo sua tecnologia Hypersonic Inflatable Aerodynamic Decelerator (HIAD). O teste de voo orbital LOFTID foi o passo seguinte do programa. Com 6 metros de diâmetro, o veículo de reentrada LOFTID foi o maior corpo sem ponta a entrar na atmosfera, de acordo com a Nasa.
Tecnologia de reentrada
Quando uma espaçonave ou outro objeto entra na atmosfera de um planeta, o arrasto age sobre o corpo e o desacelera, convertendo energia cinética em calor. O grande tamanho do dispositivo HIAD significa que ele cria mais arrasto e inicia o processo de desaceleração mais alto na atmosfera do que os aeroshells tradicionais.
Isso não apenas permitirá cargas úteis muito mais pesadas, mas também poderá permitir pousos a partir de altitudes mais elevadas. Além disso, também poderia ser usado para trazer de volta objetos massivos da órbita da Terra, como itens da Estação Espacial Internacional. A Nasa diz que a tecnologia também poderá ser usada para trazer de volta partes de foguetes após o lançamento.
Um dispositivo HIAD terá uma estrutura inflável capaz de manter sua forma contra forças de arrasto. Também terá um sistema térmico flexível que o protegerá do calor gerado durante a reentrada. Sua estrutura é feita com uma pilha de anéis concêntricos pressurizados que são amarrados para formar uma estrutura em forma de cone.
Segundo a Nasa, esses anéis são feitos de fibras sintéticas trançadas que são 15 vezes mais fortes que o aço. Todo esse sistema é dobrável, embalável e implantável, o que significa que ocupará menos espaço nos foguetes. Isso também permite que seu design seja escalável.
Revista Planeta