Influenciadores rifeiros são presos por esquema que tirou milhões de reais dos seguidores
A influenciadora Isabelly Aurora, seu ex-marido e também influenciador Lucas Picolé foram presos nesta quarta-feira (5), durante a segunda fase de uma operação da Polícia Civil do Amazonas que investiga fraudes na venda de rifas pela internet. Além deles, a servidora pública municipal Flávia Matos da Silva, suspeita de integrar o esquema, foragida.
Na primeira fase da operação, ocorrida em 29 de junho, Picolé e Flávia já haviam sido presos. Isabelly também estava entre os alvos, mas não chegou a ser detida. Na audiência de custódia, Picolé teve sua prisão em flagrante convertida em preventiva, enquanto Flávia foi liberada.
De acordo com a Polícia Civil do Amazonas, os influenciadores anunciavam nas redes sociais a venda de rifas com prêmios como carros, motos e dinheiro em espécie. No entanto, os sorteados eram amigos ou conhecidos dos influenciadores, e os veículos retornavam para eles após os sorteios.
Investigações
As investigações revelaram que os esquema movimentou mais de R$ 5 milhões em um ano. Lucas Picolé era proprietário de uma loja que vendia roupas e artigos de marcas famosas, porém, os produtos comercializados eram falsificados.
A polícia descobriu que o dinheiro das vendas era depositado diretamente na conta bancária da servidora, que é cunhada de Lucas. Flávia chegou a ser presa por receptação de produtos falsificados, mas foi libertada durante a audiência de custódia realizada em 30 de junho.
Além disso, um ex-marido de Isabelly, cujo nome não foi divulgado, também é suspeito de participação no esquema. A ordem de prisão contra Lucas Picolé foi cumprida no presídio onde ele se encontra desde a sexta-feira (30).
Influenciador baiano
No último domingo (2), Ramhon Dias de Jesus Vaz, influenciador digital baiano e rifeiro, teve sua prisão temporária decretada por diversos crimes, incluindo lavagem de dinheiro, corrupção e associação criminosa. Ele é suspeito de operar um esquema nas redes sociais, principalmente no Instagram, por meio da venda de rifas. Ramhon e outros duas pessoas são suspeitos de criar empresas fictícias e utilizar laranjas para ocultar grandes quantias de dinheiro obtidas pelo esquema.
Anelise Barbosa de Ataíde e David Mascarenhas Alves de Santana também foram presos temporariamente e são acusados de desempenhar papéis importantes dentro do esquema, como direcionar cotas de rifas vendidas e divulgar as apostas.
Bn@ws